terça-feira, 4 de junho de 2013

(Prosa) Da moral,

por José Mauricio.

          Havia uma cidade chamada Aparência e nela uma fábrica chamada Moral, onde trabalhavam todos os habitantes de Aparência, que recebiam o adjetivo gentílico de Todos.
  Todos tinham seus empregos e recebiam no dia cinco de cada mês os seus salários. Em Aparência, o pagamento era feito com a moeda regional denominada Pudor.
  O governo de Aparência sustentava Todos com uma ajuda de impostos sobre alimentos, pois o Pudor era uma moeda muito desvalorizada fora da cidade; manter a Todos bem alimentados era um trabalho árduo.
Com algumas pesquisas no exterior e nos próprios laboratórios de Aparência, foi criado um suplemento alimentar chamado "Ousadia", que cessou com a ajuda de custos provida pelo governo de Aparência.
Assim: na Moral, Todos trabalham por Pudor e vivem de Aparência se falta Ousadia.

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